A Alegria da Esperança no Senhor

Juliano de Henrique Mello By Juliano de Henrique Mello 16 de dezembro de 2024

Sermão do Pe. Wander de Jesus Maia, no Terceiro Domingo do Advento de 2024.

“Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.

Meus filhos, o coração da súplica do terceiro domingo do Advento, da súplica que a Santa Igreja, em seu Divino Redentor, eleva aos céus pelo ato infinito de intercessão, que é o Sacrifício Perpétuo, consiste em que nós não percamos os fundamentos.

Que não haja essa perda! Os fundamentos, os princípios que nos estabelecem, nos consolidam e nos fortalecem. É a graça divina, acima de tudo, que opera em nós, favorecendo aquilo que São Paulo ensina: a vida sobrenatural sustentada pela persistência e pela oração incessante.

Como agradar a Deus se não permanecemos em constante cultivo da vida sobrenatural, enraizada na penitência e na oração? Se nos afastamos de Deus, tornamo-nos irreconhecíveis, perdemos nossa identidade. E isso porque somos inclinados a buscar a nossa própria vontade, esquecendo-nos de que Nosso Senhor nos alertou:

“Vigiai e orai”.

No Evangelho, Ele nos exorta a uma vigilância constante. São Paulo reforça isso hoje, ao nos chamar a uma alegria permanente no Senhor. Pois, se nossa alegria não está em Deus, onde estará? No sorriso passageiro de alguém? No ambiente contaminado pelo pecado, pela mentira e pela mundanidade? Não, meus filhos! Não nos alegremos no mundo, nas trevas ou no pecado.

Quando São João Batista começou a batizar no Jordão, ele trouxe a autoridade dos profetas, derrubando os montes da impenitência, incredulidade e injustiça contra Deus. Contudo, os fariseus, envenenados pela feitiçaria de suas próprias tradições, rejeitaram a mensagem. Nosso Senhor os repreendeu, pois, sendo intérpretes da Lei, recusaram-se a entrar no Reino de Deus e impediram outros de fazê-lo. Hoje, vemos algo semelhante: uma hierarquia idólatra e vencida, subserviente a uma religião falsificada.

Que tragédia, meus filhos, ver o demônio falando livremente, ocupando púlpitos que antes proclamavam a glória de Deus! Que assustador ouvir blasfêmias como a negação de que Jesus é sacerdote, que Ele é o Messias, que Nossa Senhora é Mãe de Deus! O demônio nunca se sentiu tão à vontade quanto agora.

E quanto a nós, filhos de Deus? Nossa alegria está em saber que o Senhor triunfará mais uma vez, que o Seu reinado se renova no mistério da Encarnação. Satanás odeia uma alma em que Cristo reina, pois uma alma assim está em paz. O reinado de Cristo começa na alma e se estende ao mundo.

Mas lembrem-se: ser católico é ser crucificado. “O servo não é maior que o seu Senhor.” Não podemos buscar a amizade com o mundo, com a carne ou com o diabo. Pelo contrário, devemos rejeitá-los. Ser católico significa odiar o pecado e amar a Deus acima de tudo. É carregar a Cruz com fidelidade.

Nosso Senhor veio ao mundo como o Logos, o Verbo que tudo ordena. Ele desceu para reordenar o que o pecado havia desordenado, para limpar o mundo de sua imundície e restaurar tudo nas mãos do Pai. Sua Cruz é nosso sinal, Sua lei, nossos mandamentos, e Sua vida, a nossa vida.

Alegrem-se, meus filhos! É o reinado de nosso Senhor que celebramos. Que Ele reine em nossas almas e em nossas vidas, conduzindo-nos ao triunfo definitivo sobre o pecado e as trevas. Cristo reina, Cristo vence, Cristo impera!

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Amém.”

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